Hipotireoidismo é uma doença da glândula tireóide e é resultante da diminuição da produção dos hormônios pela glândula.
A Tireoidite de Hashimoto ou Tireoidite Auto-imune é a causa mais comum de hipotireoidismo. A tireoidite (inflamação da tireóide) ocorre porque o corpo passa a produzir anticorpos (defesa) contra a glândula, que passa a produzir os hormônios em menor quantidade.
Os principais fatores de risco para seu desenvolvimento é a história familiar de doenças da tireóide e o sexo feminino. É 15 a 20 vezes mais frequente nas mulheres.
As principais manifestações do hipotireoidismo são: falta de disposição, sonolência, sensação de frio em excesso, constipação intestinal, pele seca e descamativa, unhas quebradiças, queda de cabelos, inchaço, voz rouca, anemia, dor nas articulações, alterações na menstruação, depressão e aumento no colesterol e triglicerídeos. O ganho de peso pode ocorrer, mas geralmente não ultrapassa 4 a 5 Kg. Alguns pacientes apresentam bócio, que é o aumento do volume da glândula.
Quando o médico suspeita do diagnóstico, ele solicita exames para avaliar a diminuição dos hormônios da tireóide na circulação. Feito o diagnóstico, o tratamento é realizado com a reposição diária de hormônios sintéticos, e geralmente é feito por toda a vida. Não há como prevenir seu aparecimento.
Autoexame da Tireóide
Enquete realizada pelo site da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia mostra que a grande maioria das pessoas não conhece ou não faz o autoexame da tireoide. De acordo com a pesquisa online, 40,8% dos internautas afirmaram que não fazem o exame, 35,6% disseram nunca ter ouvido falar dele e apenas 23,6% o fazem.
A tireoide é uma glândula em forma de borboleta que está localizada logo abaixo do pomo de Adão, o popular gogó. Embora pequena, ela é importante para o bom funcionamento de vários órgãos, como coração, fígado, rins, ovários, entre outros, além de produzir os hormônios denominados T3 e T4, combustíveis das células do nosso organismo. Problemas na tireoide podem fazer com que ela produza esses hormônios em excesso ou em quantidade insuficiente, causando o hipertireoidismo ou hipotireoidismo, respectivamente.
Outro problema relacionado à tireoide são os nódulos tireoidianos, caroços que aparecem na glândula, mais comumente nas mulheres e mais frequentemente com o envelhecimento. Eles podem ser únicos ou múltiplos, de tamanhos variados, e estão presentes em 5% a 10% da população adulta. Cerca de 5% dos casos podem representar algum tipo de câncer.
Além da estética, os nódulos podem causar incômodo no pescoço, dificuldade para engolir e até desconforto respiratório, dependendo do seu tamanho. Eles podem ser detectados apalpando a região do pescoço. Embora fácil de ser diagnosticado, ele deve ser confirmado pelo médico endocrinologista através de exame clínico e complementar.
Como Realizar o Autoexame da Tireoide?
Para realizar o autoexame, você vai precisar de um espelho com cabo e um copo d’água:
- Segure o espelho procurando em seu pescoço a região abaixo do pomo de Adão (gogó). Sua tireoide está localizada nesta área.
- Focalize esta área com o espelho estendendo a cabeça para trás para facilitar a visualização.
- Beba um gole d’água.
- Ao engolir, observe em seu pescoço se existe alguma saliência ou elevação localizada. Repita este teste várias vezes, se necessário.
- Observe se existe algum nódulo ou saliência. Ao notar alguma alteração, procure um endocrinologista para obter orientações.
Tratamento
O tratamento varia de acordo com o tamanho do nódulo e se ele está produzindo muito hormônio, ou não. Quando indicada pelo endocrinologista, é feita uma pequena retirada de células do nódulo, através de uma punção. Tal medida ajuda os médicos a orientar seus pacientes sobre o tratamento correto.